domingo, 2 de junho de 2013

Funeral de um Lavrador


FUNERAL DE UM LAVRADOR- CHICO BUARQUE


E. E. PROF. CARAN APPARECIDO GONÇALVES











PROJETO DE LÍNGUA PORTUGUESA-PDL













PROFª DIANA ROSA MARIA DA SILVA TAVARES
PROFª DRª VERA LÚCIA GRANDO


SÃO PAULO
2008


Tema 2- Propriedade e Morte

Objetivos:Interpretação, sensibilização por meio da música e debate, percepção do eu em relação à terra que lhe cabe no Planeta Terra e do eu com a morte.

Materiais: Letra e música de João Cabral de Melo Neto e Chico Buarque : Funeral de um Lavrador, lousa, giz, rádio- toca CD, lápis de cor, régua, sulfite, livro didático Português, de Ernani Terra e José De Nicola, Ed. Scipione,2004 .

Procedimentos: Foi colocada a letra de música na lousa e a seguir, os alunos ouviram a música. Foi explicado a relação do tema com o livro Morte e Vida Severina,de João Cabral de Melo Neto, o panorama histórico da propriedade desde o sistema feudal, na Europa, passando pelo sistema de capitanias hereditárias no Brasil, chegando aos latifúndios existentes no Brasil atual, podendo desta forma entender o movimento do MST. Foram colocadas algumas questões de interpretação e de vestibular e feito um paralelo entre os movimentos de Byron, Dark, Funk, Gótico . Por último foi apresentada aos alunos uma atividade em que deveriam desenhar ou escrever a parte que cabe a cada um no latifúndio Terra.

Chico Buarque - Funeral de um Lavrador

Esta cova em que estás com palmos medida

É a conta menor que tiraste em vida

É de bom tamanho nem largo nem fundo

É a parte que te cabe deste latifúndio

Não é cova grande, é cova medida

É a terra que querias ver dividida

É uma cova grande pra teu pouco defunto

Mas estás mais ancho que estavas no mundo

É uma cova grande pra teu defunto parco

Porém mais que no mundo te sentirás largo

É uma cova grande pra tua carne pouca

Mas a terra dada, não se abre a boca

É a conta menor que tiraste em vida

É a parte que te cabe deste latifúndio

É a terra que querias ver dividida

Estarás mais ancho que estavas no mundo

Mas a terra dada, não se abre a boca.


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Esta letra foi retirada do site Letras.mus.br


Resultados: Os alunos ficaram muito agitados com relação ao tema Morte, a metade deles não queria sequer desenhar ou escrever sobre a morte, mas acataram a solicitação das professoras que justificassem ao menos o porquê de não desenhar, escrever. Todos entregaram as suas atividades. A maioria desenhou e escreveu sobre a morte, um terço justificou a razão de não desenhar.O tema ainda é lembrado em classe, pois mexeu com o emocional dos alunos. Acreditamos que a proposta foi boa e que os objetivos foram atingidos. Os alunos não percebiam o quanto a morte é próxima da vida, o quanto nós vivemos em função dela( ao atravessar uma rua, quando se vai ao médico, ao caminhar sozinho pela noite...). O tema serviu de reflexão e provavelmente implicou algumas mudanças de hábitos.

 

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