FUNERAL
DE UM LAVRADOR- CHICO BUARQUE
E. E. PROF. CARAN APPARECIDO GONÇALVES
PROJETO DE LÍNGUA PORTUGUESA-PDL
PROFª DIANA ROSA MARIA DA SILVA TAVARES
PROFª DRª VERA LÚCIA GRANDO
SÃO PAULO
2008
PROJETO DE LÍNGUA PORTUGUESA-PDL
PROFª DIANA ROSA MARIA DA SILVA TAVARES
PROFª DRª VERA LÚCIA GRANDO
SÃO PAULO
2008
Tema 2- Propriedade e Morte
Objetivos:Interpretação, sensibilização por meio da música e debate, percepção do eu em relação à terra que lhe cabe no Planeta Terra e do eu com a morte.
Materiais: Letra e música de João Cabral de Melo Neto e Chico Buarque : Funeral de um Lavrador, lousa, giz, rádio- toca CD, lápis de cor, régua, sulfite, livro didático Português, de Ernani Terra e José De Nicola, Ed. Scipione,2004 .
Procedimentos: Foi colocada a letra de música na lousa e a seguir, os alunos ouviram a música. Foi explicado a relação do tema com o livro Morte e Vida Severina,de João Cabral de Melo Neto, o panorama histórico da propriedade desde o sistema feudal, na Europa, passando pelo sistema de capitanias hereditárias no Brasil, chegando aos latifúndios existentes no Brasil atual, podendo desta forma entender o movimento do MST. Foram colocadas algumas questões de interpretação e de vestibular e feito um paralelo entre os movimentos de Byron, Dark, Funk, Gótico . Por último foi apresentada aos alunos uma atividade em que deveriam desenhar ou escrever a parte que cabe a cada um no latifúndio Terra.
Chico Buarque - Funeral de um Lavrador
Esta cova em que estás com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca.
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Esta letra foi retirada do site Letras.mus.br
Resultados: Os alunos ficaram muito agitados com relação ao tema Morte, a metade deles não queria sequer desenhar ou escrever sobre a morte, mas acataram a solicitação das professoras que justificassem ao menos o porquê de não desenhar, escrever. Todos entregaram as suas atividades. A maioria desenhou e escreveu sobre a morte, um terço justificou a razão de não desenhar.O tema ainda é lembrado em classe, pois mexeu com o emocional dos alunos. Acreditamos que a proposta foi boa e que os objetivos foram atingidos. Os alunos não percebiam o quanto a morte é próxima da vida, o quanto nós vivemos em função dela( ao atravessar uma rua, quando se vai ao médico, ao caminhar sozinho pela noite...). O tema serviu de reflexão e provavelmente implicou algumas mudanças de hábitos.
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