COSTURA
Nas mãos delicadas das moças e donzelas
Os mais belos bordados,
Das costureiras não se ouviam mais que
O plic,plic, plic das agulhas para apertar
Os lindos vestidos,
os enxovais das noivas
feitos a mão.
Alencar reclamou das máquinas de costura
Tiraram o encanto das moçoilas e
Senhoras.
Novos tempos.
Velocidade.
Mulheres em grupo giravam as máquinas
Dez horas para a produção.
Suor e dores nos braços.
A máquina modernizou-se.
Os pés balançavam,
As correias giravam ,
E o plac,plac,plac veloz
Produziam mais.
As pernas doíam,
As veias saltavam gritando de dor!
A overloque fazia zummmmmmmm.
O motor elétrico rzimmmmrzimmm.
A independência financeira dizia simmmm.
A mulher brasileira,caseira cosia assim,
Sorria sim.
Os pontos perfeitos, alinhados,
Costurados pelas máquinas,
Eram vigiados pelos olhos ágeis,
Mais rápidos
das agulhas com seus plic plic,
Dos balanços de plac plac ,
Dos motores com zummmm, rzimmrzimmmmm.
Ah! Alencar, você não viu !
Não pode lamentar
a mecanização dos braços,
Das pernas, dos olhos
Das costureiras.
Não pode chorar a avidez
Por produção,
Solução,
Dinheiro na mão .
Não pode admirar a independência
Da mulher!
Vera Lúcia Grando
Janeiro de 2020.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
EMILIA E ANA
EMILIA E ANA
Viva! Viva!
Viva! Viva!
Pulava Ana.
Emiliana! Emiliana!
E Pedro dizia:
Landa,
e o nome de Nossa Senhora!
Pedro doente,
Vovós homenageadas.
Nossa Senhora homenageada!
Nonno contente.
Emiliana Maria.
A última Neta.
Três meses.
Nonno, Deus acolheu.
Ana sofreu.
Emiliana cresceu.
-Só a senhora faz o bolo mais gostoso!
-Come que é todo seu.
E todos os dias havia uma conversa.
_Nonna eu matei uma cobra.
Ela ia me pegar.
Fiz dois furos nela!
Ah! Sim, ela passou aqui correndo ontem
Com dois furos!
- Pegue essa cesta e leve o mamão.
Coloque o mamão na mesa e traga de volta.
Como! Por que trouxe o mamão de volta,
Menina!?
Mais tarde:
-Para sua irmã , Emiliana,
deixo um beijo no rosto,
Marcado de batom vermelho.
Para ela nunca mais se esquecer de mim.
Ainda hoje no espelho,
observo o meu rosto
Minuciosamente,
busco a marca do batom.
Vera Lúcia Grando
Janeiro de 2020.
Viva! Viva!
Viva! Viva!
Pulava Ana.
Emiliana! Emiliana!
E Pedro dizia:
Landa,
e o nome de Nossa Senhora!
Pedro doente,
Vovós homenageadas.
Nossa Senhora homenageada!
Nonno contente.
Emiliana Maria.
A última Neta.
Três meses.
Nonno, Deus acolheu.
Ana sofreu.
Emiliana cresceu.
-Só a senhora faz o bolo mais gostoso!
-Come que é todo seu.
E todos os dias havia uma conversa.
_Nonna eu matei uma cobra.
Ela ia me pegar.
Fiz dois furos nela!
Ah! Sim, ela passou aqui correndo ontem
Com dois furos!
- Pegue essa cesta e leve o mamão.
Coloque o mamão na mesa e traga de volta.
Como! Por que trouxe o mamão de volta,
Menina!?
Mais tarde:
-Para sua irmã , Emiliana,
deixo um beijo no rosto,
Marcado de batom vermelho.
Para ela nunca mais se esquecer de mim.
Ainda hoje no espelho,
observo o meu rosto
Minuciosamente,
busco a marca do batom.
Vera Lúcia Grando
Janeiro de 2020.
domingo, 12 de janeiro de 2020
A VELA, O LAMPIAO E O TRANSFORMADOR
A VELA, O LAMPIAO E O TRANSFORMADOR
A vela velava o sono de cada um,
Também clareava o tricotar da minha nonna Emilia.
O caminho para a cama,
Fazia-se claro.
Era a esperança nos dias de raios e trovões.
Com uma vela acesa,
a reza era forte.
Roubar bolinhos, crostolli a luz de vela era aconselhável.
Comê-los a luz de vela, até mesmo no escuro
era divino.
Com a vela se descobria alguém
A sombra era o mistério,
O desvelo uma surpresa.
O lampião clareava mais que a vela,
A assombração era menos intensa.
O empurrão era visto,
O beliscar já era descoberto,
O puxão de orelha já era certeiro.
O lampião dava a certeza nas buscas.
O transformador chegou!
Não se precisava mais de lampião e vela,
Só em dias de temporais !
A lâmpada clareou tão bem.
Não havia mais medo de assombração!
Só existiam
a perturbação dos sons
A geladeira roncava,
o micro-ondas rodava,
A máquina de lavar batia,
o ferro produzia vapor,
O rádio tocava,
a televisão falava,
o computador comunicava.
O transformador particular
Foi trocado e largado no chão.
Minha irmã sentiu dó.
Levou-o para casa.
Lá ficou na sala!
Transformou-se em uma estante!
Ela tem os conectores,
Só falta alimentá-la.
Talvez com vinhos,
Livros já não se encontram
Nas estantes.
Agora a internet no celular,
Traz as leituras via satélite!
Vera Lúcia Grando
Janeiro de 2020.
A vela velava o sono de cada um,
Também clareava o tricotar da minha nonna Emilia.
O caminho para a cama,
Fazia-se claro.
Era a esperança nos dias de raios e trovões.
Com uma vela acesa,
a reza era forte.
Roubar bolinhos, crostolli a luz de vela era aconselhável.
Comê-los a luz de vela, até mesmo no escuro
era divino.
Com a vela se descobria alguém
A sombra era o mistério,
O desvelo uma surpresa.
O lampião clareava mais que a vela,
A assombração era menos intensa.
O empurrão era visto,
O beliscar já era descoberto,
O puxão de orelha já era certeiro.
O lampião dava a certeza nas buscas.
O transformador chegou!
Não se precisava mais de lampião e vela,
Só em dias de temporais !
A lâmpada clareou tão bem.
Não havia mais medo de assombração!
Só existiam
a perturbação dos sons
A geladeira roncava,
o micro-ondas rodava,
A máquina de lavar batia,
o ferro produzia vapor,
O rádio tocava,
a televisão falava,
o computador comunicava.
O transformador particular
Foi trocado e largado no chão.
Minha irmã sentiu dó.
Levou-o para casa.
Lá ficou na sala!
Transformou-se em uma estante!
Ela tem os conectores,
Só falta alimentá-la.
Talvez com vinhos,
Livros já não se encontram
Nas estantes.
Agora a internet no celular,
Traz as leituras via satélite!
Vera Lúcia Grando
Janeiro de 2020.
sábado, 11 de janeiro de 2020
A CESTA DA MINHA AVÓ
A cesta da minha avó
A cesta feita de tiras de bambu,
cheia de entrelaçamentos,
rústica,
contém os gestos mais nobres de uma família.
No vai e vem de suas viagens,
levou alimentos.
Lá iam o feijão com arroz, uma mistura, pão e café.
Era levada pelas mãos de meu avô.
Nonno caminhava pelas trilhas
traçadas pelos animais.
Às vezes, a charrete ou a carroça a portava .
Levava a comida , o almoço para alimentar os filhos, os meus tios.
Com suor nos rostos e
mãos calejadas do trabalho da roça,
paravam com seus afazeres ao mirarem de longe a cesta chegando.
Mesmo com as mãos não bem limpas,
sentavam –se sob os pés das mangueiras, jabuticabeiras,
touceiras de bambu.
Em época de chuva,
Protegiam-se em um pequeno rancho improvisado,
uma casa abandonada,
Alí, eles tocavam na cesta e
se alimentavam da comida feita com carinho
pelas mãos de vovó.
Era o néctar dos deuses,
tomavam um gole de café,
dormiam um pouquinho e,
tudo começava de novo.
Essa cesta também levava de tanto em tanto
queijo, feijão, verduras, linguiça,
coisas gostosas para alimentar a minha bisavó.
De filha para mãe,
como forma de agradecimento,
ela balançava nas mãos de minha nonna até o seu destino final,
um ritual .
Hoje a cesta está debaixo do telhado do meu pai,
cheia de buchas.
Perdeu sua beleza,
as bordas se desfizeram,
mas ela ainda guarda o segredo de minha avó.
Só sabem aqueles que a viram ir e voltar dos lugares.
Ela contém os laços de várias famílias,
Bisnonna, nonni, filhos e netos.
O seu encanto encontra-se na memória de quem a acompanhou.
Vera Lúcia Grando
São Paulo 09/01/2020
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
“Azules” de Cristiane Grando ganha 2ª edição
“Azules” de Cristiane Grando ganha 2ª edição
O livro de poemas “Azules” de Cristiane Grando foi uma das obras lançadas na inauguração da Editora Benfazeja, de São Paulo, criada por Wellington Souza. A primeira edição da obra foi lançada no SESC Foz do Iguaçu, em 2015, na tradicional Semana Literária.
A parceria entre Grando e Souza iniciou-se muito antes, através de colaborações para a Revista Benfazeja, desde 2010, quando escritores brasileiros e portugueses se uniram em uma mesma causa: difundir e pensar a literatura. A proposta da revista é definida por Wellington: “manter publicações diárias de contos, crônicas, poemas, entrevistas e artigos produzidos por acadêmicos e pesquisadores”, postados gratuitamente em português e espanhol. Desde 2011, Benfazeja mantém o site Concursos Literários. Wellington explica: “selecionamos e divulgamos as novidades sobre os principais prêmios para escritores em língua portuguesa e espanhola. Pensando na fácil navegação, classificados os concursos de acordo com o país, idioma, diferentes gêneros, formas de envio e premiações.”
Ultrapassando fronteiras em torno do que mais amamos – livros e literatura – Benfazeja se inspira nas definições de Antônio Houaiss: “benfazejo” - “que pratica ou proporciona o bem”, “que é afetuoso; amigo, generoso”, “que tem ação favorável, benéfica ou útil; cuja influência é boa”. Segundo Souza, escolheu o nome Benfazeja influenciado pela obra de Guimarães Rosa: “E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das neces sidades.”
Sairá em breve a 2ª edição de “Azules”, bilíngue (português e espanhol), com tradução de Espérance Aniesa e Cristiane Grando, contando com nova capa, textos de Ligia Andrade (docente na UNILA) e Geruza Zelnys (doutorado na USP), além da revisão dos poemas pela autora, que propôs pequenas modificações em alguns versos.
Vendas de “Azules” e de outros livros da Editora Benfazeja: http://benfazeja.com.br/ produto/azules-cristiane- grando/
a horta
na horta e pomar de Zébio:
batatas, ervilha, tomate, abobrinha
cenoura, aspargos, alcachofra - alho e cebola
quadrados de um verde que balanceia
lavanda, maçã, cereja - framboesa e ameixeira
antigamente Dedê plantava batatas
cada quadrado tinha
o nome de um filho:
Ângelo, Luciano, Sônia, Esperança
quando eu era criança
minha mãe preparava
linhas na terra
para que eu colocasse as sementes
e na colheita
beterrabas e cenouras
brilhavam na ponta dos dedos
porque eu conhecia a luz da vida
cor de vinho e laranja
como o céu no fim da tarde
la huerta
en el huerto y vergel de Zebio
papas, guisantes, tomate, calabacín
zanahoria, espárragos, alcachofa - ajo y cebolla
cuadrados de un verde que balancea
manzana, cereza, frambuesa - ciruelos y lavanda
antiguamente Dedé plantaba patatas
cada cuadrado tenía
el nombre de un hijo:
Ángel, Lucian, Sonia, Esperanza
cuando yo era niña
mi madre preparaba
surcos en la tierra
para que yo pusiera semillas
y cuando la cosecha
remolachas y zanahorias
brillaban en la punta de mis dedos
porque yo conocía la luz de la vida
color vino y naranja
como el cielo al final de la tarde
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
PROJETO DE LEITURA 2016- CAETANO DE CAMPOS- ACLIMAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL
CAETANO DE CAMPOS - ACLIMAÇÃO
PROJETO DE LEITURA-
2016
PROFESSORA DR.ª
VERA LÚCIA GRANDO
OBJETIVOS:O Projeto de Leitura-2016, na Escola Caetano
de Campos, há como objetivo em relação aos alunos da escola:
.Fluência na leitura.
.Enriquecimento de
vocabulário.
.Contato com o desconhecido,
com o que não faz parte do cotidiano
.Despertar o gosto, o hábito
de leitura do leitor .
. Fazer pontes com as diversas áreas do conhecimento.
.Enfrentamento, perder o
medo e a timidez no ato de leitura.
.Saber ouvir o outro a ler.
.Fazer fazer leitura em voz
alta.
.Discutir e argumentar
temas.
.Interação entre alunos.
. Interdisciplinaridade.
. Obter pontos para
composição das notas bimestrais.
SUJEITOS: Ensino Fundamental : 7 ano B, 8ano A. Ensino Médio:
1 A, 1B, 1C, 1D.
MATERIAL: Foram
eleitos livros da Biblioteca da Escola Caetano de Campos, tais como:
. História Diversas de Monteiro Lobato (7B).
. Mil e uma Noites, Contos Árabes,
trad. Ferreira Gullar ( 7B, 8 A).
.Calvin e Haroldo , Os
Dias Estão Todos Ocupados,de
WATTERSON, Bill. ( 7B)
.Várias Histórias, Machado
de Assis ( 1 A, 1B, 1C, 1D).
. A Hora da Estrela , Clarice Lispector ( 1B)
. Dicionários e Enciclopédias
.
. Internet.
METODOLOGIA: A
sala de Leitura da escola serviu de apoio de encontros com os alunos sujeitos. Lá com o apoio de Rosane Esteves, Profª da Sala de
Leitura, foram feitas as leituras junto aos alunos semanalmente, no período da
manhã, às terças-feiras e no período da tarde, geralmente às sextas-feiras.
Foram
utilizadas várias técnicas para o ato da leitura: compartilhada, a professora
lia para os alunos que ainda não dominam a alfabetização repetirem, escolha
entre os pares desde que todos fossem chamados para ler, escolha pela
professora, um aluno escolhe outro de
sexo oposto ao seu.
Havia
um preparo anterior ou posterior da leitura em relação aos livros , muitas
palavras foram pesquisadas na Sala de Leitura, em classe, ou em casa para
facilitar a compreensão dos textos lidos.
Ao
final da leitura de contos ou partes dos livros, houve muitas vezes debates
sobre os temas apresentados com o intuito de desenvolver a oralidade, a
argumentação, a observação, a interação entre os alunos.
Resultados:
A-
Das dificuldades:
1-
Indisciplina,
conversa entre alunos, agressões verbais entre alunos e às vezes, ao se
dirigirem ao professor, recusa de ler ;
2-
Alguns alunos
não leem sem que a professora leia antes um trecho para eles repetirem. Foram
observados que de quatro alunos da 7B que precisavam dessa técnica , todos
superaram essa dificuldade e agora todos leem fluentemente. Já no 8º ano A, havia
dez alunos com a mesma dificuldade, todavia cinco leem no momento com mais
fluência. No Ensino Médio, apenas três alunos necessitavam dessa técnica, mas
atualmente há apenas um.
B-
Das Palavras desconhecidas
Foram pesquisadas até o presente momento 458 palavras nos livros lidos, sendo
que 259 são de Várias Histórias ,de
Machada de Assis,100 palavras são de
Histórias Diversas, de Monteiro Lobato,49
palavras pertencem ao livro Hora da Estrela, de Clarice Lispector e 40 palavras de Mil e uma Noites, trad. De
Ferreira Gullar,10 palavras de
Calvin e Haroldo.
Comentários:
É notório que houve um enriquecimento vocabular dos alunos
que passaram pelo processo de leitura e pesquisa, entretanto, observa-se que na
média de seis turmas , em um total de 210 alunos, dezessete alunos apresentaram
mais dificuldade no ato de leitura , fator que é relevante no momento da
execução de provas como APP- Aprendizagem em Processo e demais avaliações
executadas em classe, pois esses alunos não conseguem ler sozinhos textos
longos.
Vale lembrar que o comportamento do aluno influi na
aprendizagem, uma vez que muitos estão mais preocupados em observar o que há no
celular que seguir o texto na íntegra e que nem sempre são os mesmos alunos que
se recusam a ler, depende dos humores, e das vontades deles no momento da leitura
e do interesse pela nota bimestral.
Essa prática de leitura no meio escolar é vital para
que o aluno perceba que nada é isolado, que as histórias podem enriquecer o seu
conhecimento, possibilita soluções
internas, psicológicas por identificação com os problemas encontrados nos
textos , principalmente quando ocorrem discussões em final de leitura de
contos. Também o aluno tem oportunidade
de obter contato com realidades que fogem à sua
e fazer pontes entre as várias disciplinas estudadas na escola.
O sétimo ano-7B
é a classe que mais rendeu em leitura, pois terminaram Histórias
Diversas, mas continuam lendo Calvin e Haroldo e Mil e uma Noites.
O 8oitavo ano- 8 A – leu 131 páginas até o momento,
apresenta uma turma com mais dificuldades de leitura.
No Ensino Médio – 1 A,C,D leram oitenta páginas até o
momento de Várias Histórias.Já o 1B terminou de ler Várias Histórias e leem no
momento A Hora da Estrela.
]
REFERÊNCIAS
ASSIS,
Machado. Várias Histórias. Clássicos. São Paulo, Escala Educacional,2008.
GULLAR,
Ferreira. As mil e uma noites. Trad. Ferreira Gullar, Rio de Janeiro,
Renan , 2010.
LISPECTOR,Clarice.A
Hora da Estrela.Rio de Janeiro, Rocco, 1998.
LOBATO,Monteiro.
Histórias
Diversas.Ilustrações Elisabeth Teixeira, São Paulo, Globo, 2011.
WATTERSON, Bill. Os Dias Estão Todos Ocupados, As Aventuras de Calvin e
Haroldo. Tradução de Alexandre Boide. Ed. Abril, 2011
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Projeto de leitura - Contos de Fadas
Na sala de Leitura da Escola
Estadual Caetano de Campos, a Professora Vera
Lúcia Grando vem desenvolvendo,
neste ano de 2015 , com o auxílio da Prof.ª da sala de Leitura, Ana Junqueira um projeto de leitura de Contos de Fadas com a classe de 7º ano A.
Foram estabelecidas duas aulas
semanais de leitura, embora possam ocorrer fatores que prejudiquem essa
frequência, como feriado, planejamento, reunião de pais e mestres, eventos....
O livro Contos de Fadas de Perrault,
Grimm, Andersen e outros é o objeto de
estudos e leitura dos alunos, tendo em vista a fruição, a interpretação, a
posição do leitor como sujeito no diálogo estabelecido entre autor/narrador e leitor/aluno , além da busca
de vocabulários para ampliar o universo linguístico da forma
escrita , em especial , a ortografia e os sentidos múltiplos que um
termo pode ter conforme o contexto e situação, no qual foi aplicado.
No primeiro dia de contato com o
livro, a professora Vera fez a apresentação do livro interagindo com os alunos
em um processo de perguntas, respostas e apontamentos, de forma a explorar os elementos constituintes do livro: capa,
editora, autor, ano e local da publicação. A seguir, explicou as
diferenças entre os autores das várias épocas, sinalizando os contextos da
História e Geografia. Além disso, comentou qual o papel de um tradutor, pois o
livro foi traduzido por Maria Luiza X. de A. Borges, editora Zahar.
A primeira leitura , Um eterno encantamento, apresentação do
livro feita por Ana Maria Machado,
foi compartilhada, todos os alunos tiveram a oportunidade de ler , todavia
houve alunos que se recusaram a fazê-la,
ou por timidez ou por vergonha, ou por falta de domínio das letras. Fez-se a pesquisa do vocabulário desconhecido, a
interpretação do texto, o levantamento do conhecimento prévio a partir do aluno
sobre o que é um conto de fadas. E por
último , observou-se que a apresentação de Ana Maria machado é do gênero
relato, o qual é inserido no caderno do aluno do 7º ano escolar.
Os contos de Charles Perrault
foram lidos na sala de Leitura e a
partir deles, houve um levantamento de
vocábulos desconhecidos e procura de palavras escritas com ss, rr, nh, ,
x, z, g, lh, . Pediu-se para cada conto uma letra. Os alunos gostaram muito
dessa atividade, pois além de procurarem, observarem e anotarem, ganhavam um
ponto de participação a cada cinco
palavras encontradas.
Na sala de aula, os alunos
trabalharam interpretação e escrita:
1-Criaram uma moral da história
para o conto Cinderela ou o Sapatinho de Vidro.
2- Responderam à pergunta “ O que você faria se seu pai ou sua mãe
quisesse se casar com você?” , após a leitura do conto Pele de Asno.
3- Fizeram a reescrita do conto O Gato de Botas ou O Mestre Gato.
4- Para o conto O Pequeno Polegar , fez-se a pergunta o que você faria se estivesse no lugar de Polegar e tivesse as botas voadoras? Os alunos
produziram um texto dando um desfecho diferente daquele ocorrido no conto, a
partir da escrita oferecida pela professora:
Se eu fosse Polegar...
5-Produziram uma notícia a partir do título oferecido pela
professora “ Lobo faz mais uma vítima “ , depois da leitura de Chapeuzinho
Vermelho.
6- Tiveram de encontrar uma solução para a esposa de Barba
Azul, dando continuidade a este texto: A mulher esperava os irmãos, mas eles
não chegaram a tempo, pois Barba Azul, estava com o cutelo no ar para cortar a
cabeça dela, foi quando....
Finalizados os contos de Perrault, os quais tinham um fundo
moral mais severo, haja vista que era a Idade Média e os contos tinham também
um caráter educativo, leu-se o conto A
Bela e a Fera , de Jeanne-Marie
Leprince de Beaumont.
Desta vez, foram pesquisadas palavras que apresentassem a
letra j e foi produzido um texto individual
a partir do texto oferecido,:
Quando cheguei ao
Palácio da Fera, senti...Daquele momento em diante, uma previsão sobre o meu
futuro.....
Jacob e Wilhelmen Grimm foi o terceiro momento de leitura de
contos de fadas. Foram lidos mais três contos antes de acabar o primeiro
semestre. E as letras sc, ç e u foram os itens a ser pesquisados nesta etapa.
Para o conto A Bela Adormecida, foi
feita uma recuperação dos fatos aleatoriamente. Cada aluno deveria dizer uma
palavra ou frase ou passagem do conto. Para Branca
de Neve, foi solicitado uma reescrita , mas o aluno deveria relatar os
fatos , pois participou da história. Para o Conto Chapeuzinho Vermelho, houve uma pesquisa comparando as diferenças
entre as narrações de Perrault e irmãos Grimm, por exemplo bolinho com potinho
de manteiga x bolinhos e garrafa de vinho para vovó; lobo come vovô e Chapeuzinho e a história se
acaba versus avó e Chapeuzinho são
retiradas da barriga do lobo pelo caçador.
Texto redigido por Vera Lúcia Grando
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